terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Up in the air - Nas Nuvens


Hoje, parece que tirei o dia, inconscientemente, para abraçar a doce melancolia, como se tivesse saudades dela... Comecei a manhã a estudar a razão por que o grupo sanguíneo (AB0, Rh) pode ser responsável pela morte de bebés ainda no útero da mãe ou por graves danos no seu desenvolvimento. Ao almoço, descobri que um dos meus filmes preferidos estava a dar na televisão e, sabendo que a melancolia vinha aí, deixei-me estar a vê-lo na mesma - "Antes do Anoitecer". É implacável. Atinge-me o nervo da melancolia sempre que o vejo. Depois fui para o estágio, cumprir a minha rotina rotineira e, finalmente, fui ver o filme sobre o qual venho falar, com dois grandes amigos meus, que mais cedo ou mais tarde deverão ler isto. Agradecido pelo bilhete, pela companhia e por serem vocês. E também tenho que agradecer a outra pessoa pelos 20 minutos de atraso com que entrei no cinema - a minha monitora - que o diabo a leve para o raio que a parta!

"Up in the Air" conta-nos a história de Ryan Bingham, um homem que ganha a vida a despedir pessoas em empresas por todo o país (EUA), quando os patrões são demasiado cobardes para o fazerem. George Clooney interpreta este homem com a maior das naturalidades. Parece um reflexo dele próprio, numa realidade alternativa, em que ganha a vida nesta profissão em vez de fazer filmes e promover Nespresso. Ryan adora esta vida. Desligado de tudo o que o prenda à terra, não é um homem de família, nem sequer tem casa. Passa a vida a viajar de avião, de cidade em cidade, a dormir em hoteis. É assim que tropeça em Alex Goran, uma mulher que parece o reverso feminino dele próprio, ganhando a vida a viajar. Obviamente, a relação entre ambos vai crescendo, deixando de ser uma coisa física, tornando-se lentamente algo mais sentimental, entrando em conflito com o ideal de vida desenraizada que Ryan adora e apregoa. Entretanto, com a chegada da jovem Natalie Keener à sua empresa, Ryan pode deixar de viajar, uma vez que esta acha que a melhor forma de reduzir os custos da empresa é acabando com as viagens de avião de todos os seus trabalhadores e começar a despedir as pessoas por video-conferência. Cabe a Ryan treiná-la para esta função e mostrar-lhe que a tarefa de dizer às pessoas que perderam o seu emprego não é tão fácil e mecânica como ela pensa. Todos reagem de forma diferente, e a forma como eles conseguem ultrapassar tudo isso depende da forma como Ryan e Natalie lhes dão a notícia.

Jason Reitman (que já venceu o globo de ouro pelo argumento deste filme e deverá repetir a façanha nos oscares) é um realizador que já não tem nada a provar ao mundo. Com "Thank you for Smoking", "Juno" (outro dos meus filmes preferidos) e este "Up in the Air" mostrou-nos que consegue retratar os temas mais sensíveis com humor e a devida sensibilidade sem ser melodramático e lamechas. Este homem não faz telenovelas. Mostra-nos vida. Todas as suas personagens são cheias dela. Movem-se com naturalidade. Nada parece forçado. E com a sua banda sonora, é como se estivessem a dançar. Adoro a forma como filma, os enquadramentos. Deixa as personagens respirar. Dá-lhes espaço. A câmara não as tenta comer vivas, apenas as observa.

Vera Farmiga interpreta a personagem de Alex, por quem a personagem de Clooney se apaixona. Esta é uma actriz espectacular, que eu adoro desde que a vi em "The Departed - Entre Inimigos". Vão por mim, com este papel e a forma como ela o conseguiu interpretar, tem uma longa carreira pela frente, ao lado das melhores da sua profissão. Pode muito bem ganhar uns prémios pelo caminho, como o provou a nomeação ao Globo de Ouro de melhor actriz (e quem sabe ao Oscar...). Anna Kendrick, que se tornou conhecida com os filmes da saga "Twilight", que interpreta Natalie em "Up in the air", nunca é ofuscada pelo protagonista, com quem contracena ao longo de todo o filme. É o retrato perfeito dos jovens adultos, actualmente, altamente inteligentes e formados academicamente, mas em colisão com o mundo, pela falta de experiência e pelo desmoronar das nossas expectativas. Jason Reitman trouxe-nos novamente os excelentes actores Jason Bateman ("Juno", "Hancock", "Arrested Development"), que interpreta o patrão de Ryan e Natalie; e J. K. Simmons ("Homem Aranha 1, 2, 3; "Juno"; "Burn After Reading"), como um dos muitos homens que perdem o emprego.Acrescento ainda que achei extremamente corajoso terem pedido a verdadeiros cidadãos desempregados para interpretarem o momento em que as suas personagens perdem o emprego. Não há uma única gota de representação nas caras daquelas pessoas. É impressionante pela coragem que elas tiveram, submetendo-se a reviver aquele momento, e pela de quem fez o filme e as convidou a participar. As músicas da banda sonora são perfeitas para o tom da história e a última canção a passar nos créditos finais... bem que merecia uma nomeaçãozita ao oscar de melhor música. Quando a ouvirem, perceberão porquê.
Fiquei melancólico porque Jason Reitman fez um excelente trabalho. Cada um de nós identifica-se com cada uma daquelas personagens. Com o solteirão bem-sucedido que se apaixona e apercebe-se da sua solidão. Com a jovem licenciada que tem o seu primeiro emprego e é confrontada com a realidade. Com a mulher que apenas procura um escape da realidade. E eu que, quando terminar o meu curso, corro o risco de fazer parte dos 50% de desempregados da Geração Zero, identifico-me com cada uma daquelas pessoas que de repente, sem aviso, se sentem completamente perdidas, sem saberem como manter as suas vidas a flutuar sobre a água.

Este é, sem dúvida alguma, um dos melhores filmes do ano. Não o percam.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=_m-Da8Tz4_E

Cena do filme: http://www.youtube.com/watch?v=HXIbS1mVXUo&NR=1

Site Oficial (onde podem obter as músicas do filme): http://www.theupintheairmovie.com/

domingo, 24 de janeiro de 2010

Nove - Nine


Oi Pessoal!

Ando a tentar actualizar-me nos filmes que ultimamente têm assaltado os nossos cinemas e esta semana que agora terminou fui ver o último filme de Rob Marshall, vencedor do oscar de melhor filme e melhor realização por "Chicago" (algo que actualmente é considerado uma das maiores injustiças de sempre na atribuição destes cobiçados prémios) e também realizador do interessante "Memórias de uma Gueixa".

Este senhor tem muita habilidade no que diz respeito a abrilhantar as performances dos seus actores e, verdade seja dita, os seus filmes são extremamente agradáveis ao olho (algo que se deve agradecer mais ao director de fotografia do que ao realizador). Os cenários parecem tirados de postais turísticos, extremamente bem iluminados, coloridos e brilhantes, o guarda roupa é sempre deslumbrante e o elenco é composto maioritariamente por gente gira. "Nine" é o exemplo perfeito do que acabei de descrever. Raramente se encontra um filme tão bem filmado, com tantas actrizes lindíssimas (Oh, Meu Deus, até faz doer o coração ver sem poder tocar. LOL) e tudo tão bem filmado e iluminado. Dá realmente vontade de visitar Itália.

"Nine" é a história de um realizador italiano, Guido, interpretado por Daniel Day-Lewis ("Haverá Sangue", "O Meu Pé Esquerdo", "Em Nome do Pai", "Gangs de N.Y.", etc...), considerado o melhor artista cinematográfico deste país, que se encontra numa terrível crise pessoal e criativa, não conseguindo corresponder às expectativas que todos têm sobre ele, nem preparar um filme que deverá começar a filmar dentro de poucos dias. Ao longo do filme, percebemos que o seu problema principal, como o da maior parte dos homens à face da Terra, prende-se com o seu relacionamento com as mulheres. Vamos, portanto, ao longo do filme, conhecendo as mulheres da sua vida - a esposa, interpretada por Marion Cotillard ("La Vie en Rose" e "Inimigos Públicos"); a amante, interpretada pela Penélope Cruz ("Vicky Christina Barcelona", "Volver", "Vanilla Sky"/"Abre Los Ojos", ...); a mãe, Sophia Loren (eterna diva do cinema italiano, vencedora do oscar por "La Ciociara" em 1960); a musa dos seus filmes, Nicole Kidman (Moulin Rouge, As Horas, Austrália); a directora artística dos seus filmes e amiga, Judi Dench (vários "007" no papel de M, "Notes on a Scandal", "Pride and Prejudice", "Shakespeare in Love, ...); a atraente jornalista americana, Kate Hudson (maravilhosa em "Quase Famosos" e subvalorizada em montes de comédias românticas...) e, finalmente, a rapariga que o despertou para as maravilhas do sexo oposto, Fergie (vocalista dos Black Eyed Peas, já tendo participado em "Poseidon").

Pois, muito bem, uma história destas, bem contada, podia dar um grande filme. Nem que fosse uma grande comédia. Contudo, Rob Marshall concentrou-se tanto em fazer um filme bonito com gente bonita, que se esqueceu que estava a contar uma história. A verdade é que as cenas musicais interrompem o fio narrativo, em vez de contribuirem para acção. Sempre que alguém canta, a acção pára e temos cinco o mais minutos de música e dança. Eu não sou um apreciador do "Chicago", mas pelo menos, nesse filme, a música fazia parte da acção. Neste, as cenas musicais apenas servem para representar os sentimentos de cada personagem e a natureza das suas relações interpessoais. Não há uma boa articulação entre as cenas que se dizem "reais" e as "musicais", tornando este filme pobre, com um argumento fraco. Como se perde metade do filme a cantar músicas, algumas delas excessivamente longas, com estrofes que se repetem interminavelmente, as personagens nunca chegam a desenvolver-se o suficiente, nunca se diz o que há para dizer, nunca se faz o que há a fazer.

Seja como for, os actores são, todos eles, espectaculares, sem excepção. Marion Cotillard arrasa com tudo na sua segunda sequência musical "Take it all" e consegue exprimir todo um enorme rol de emoções enquanto canta, de acordo com a sua personagem, o que não é para todos! Nicole Kidman continua lindíssima, mas está subaproveitada, aparecendo só lá para o final. Penélope tem aqui um papel diferente do habitual, sendo uma mulher casada, mas apaixonada por Guido, que não deve muito à inteligência. A sua sequência musical "A Call from the Vatican" é extremamente sensual (e sexual), mas perde-se por ser tão longa. Talvez a mais sexy de todas tenha sido Kate Hudson com o seu "Cinema Italiano" em que canta e dança com uma energia avassaladora e consegue contagiar todos os espectadores com o seu cabelo louro esvoaçante. As veteranas Sophia Loren e Judi Dench são as que cujas sequências musicais menos marcam, possuindo, no entanto, um forte peso dramático no filme. Daniel Day-Lewis é, como em todos os seus filmes, perfeito para este papel, encarnando verdadeiramente a sua personagem. Só é pena que a personagem não seja perfeita para o talento dele... Finalmente, termino com a assombrosa Fergie! Meu Deus, que mulher! LOL. Para mim, a cena em que aparece é a melhor do filme e possui toda a energia e o verdadeiro espírito italiano que o filme pede e não tem. Fergie canta "Be Italian" com uma voz que nunca se ouviu nas músicas dos Black Eyed Peas e tem uma presença carnal naquele palco que nos faz perceber a importância que ela teve na vida de Guido, sendo ele ainda uma criança quando a conheceu. Verdadeiramente poderosa! Pode aparecer em mais filmes se representar sempre assim!

E a cena "Be Italian" interpretado pela Fergie: http://www.youtube.com/watch?v=H5bbuXndMW4&NR=1&feature=fvwp

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

POMPEII - Um romance... Um filme?


Aproveito para vos falar do último livro que acabei de ler. Não digo o último livro que li, porque tenho o estranho de começar vários livros e de os intercalar ao mesmo tempo... Enfim, uma barafunda. Neste momento, tenho "Moby Dick" do grande Hermann Melville (uma obra de peso, com um certo grau de dificuldade na sua leitura...) e "O Quase Fim do Mundo" de Pepetella (ainda só li as primeiras vinte páginas, mas começa muito bem).

Portanto, o livro de que vos vou falar é "POMPEII" de Robert Harris. Esta é a história do jovem engenheiro Marcus Attilius Primus, que é incubido de ir a Pompeia descobrir o que é que está a impedir a água de correr pelo aqueduto "Aqua Augusta" por várias cidades, incluindo aquela em que está colocado. A história passa-se nos dias anteriores à erupção do monte Vesúvio, em 24 de Agosto de 79, ano em que nenhum romano imaginava que aquela oponente montanha era de facto um vulcão prestes a rebentar. O que torna esta história interessante é a forma como tudo nos é apresentado. Passo a explicar.

Robert Harris é um jornalista e, como tal, fez uma extensa pesquisa para escrever esta incrível história com a maior credibilidade e realismo. Do início ao fim do livro, sabemos o que vai acontecer e o autor espicaça-nos os nervos narrando-nos a história de personagens fictícias (à excepção do grande Plínio) que não fazem ideia do perigo que estão a correr. Ao contrário do que eu penso dos livros de José Rodrigues dos Santos, o livro tem um ritmo regular e intenso e as personagens são interessantes e prendem-nos à história. Sinceramente, não me interessa se o Professor Tomás Noronha pode ser abatido a tiro. Porém, quando estava a ler POMPEII, quase rangia os dentes temendo o que podia acontecer a Attilius, se ia sobreviver à erupção, se ia ser um mártir ou um herói, se seria capaz de salvar Corelia ou se morreriam ambos, sendo encontrados no século XX enterrados sob as cinzas. Todo tipo de hipóteses ameaçadoras passavam pela minha cabeça, enquanto esfolheava as páginas insanamente. O final não é tão previsível como podem pensar, mas isso deixo ao critério de cada leitor.

O autor escreveu também a adaptação cinematográfica deste livro e ofereceu-a ao espectacular realizador Roman Polansky (vencedor do Oscar por "O Pianista), que recentemente esteve envolvido em polémica quando foi preso na Suíça por ter supostamente abusado de uma menor em 1977, depois da sua mulher grávida, a estrela de cinema Sharon Tate, ter sido brutalmente assassinada pelo clã diabólico liderado por Charles Branson, em Agosto de 1969, enquanto Roman estava ocupado a filmar o "diabólico" "Rosemary's Baby". A vida deste homem também dava um filme tão perturbado e aterrador como os seus próprios filmes... Continuando! Roman Polansky adorou o guião de Pompeia e meteu logo mãos à obra para o levar à grande tela. Como nunca mais regressou aos EUA desde que foi acusado de abuso sexual, também este filme seria rodado na Europa, mais especificamente na Espanha, e custaria cerca de 100 milhões de dólares, transformando-se na produção europeia mais cara de sempre. Até havia rumores de que Orlando Bloom interpretaria Attilius e Scarlett Johanson seria Corelia. Todavia, apareceu a greve dos actores e desistiram do filme. E o guião de POMPEII foi para a gaveta e Roman Polansky, que tinha gostado tanto de trabalhar com Robert Harris, decidiu adaptar outro livro deste escritor "The Ghost", chamando ao filme "The Ghost Writer". Tudo bem até ao momento em que Roman Polansky foi preso em Setembro de 2009 e as filmagens, que contam com Pierce Brosnan e Kim Catrall, tiveram que se adiadas por tempo indefinido.

E pronto! POMPEII daria um excelente filme nas mãos destes dois senhores. Não o duvido. Eu comprei o livro sem saber nada sobre ele. Apenas que se tratava de uma história sobre a erupção do Vesúvio e a destruição de Pompeia. Por mero acaso, comprei por 5 euros um óptimo livro que se lê de um fôlego, aborda temáticas como a escravatura, a homossexualidade, o extremismo religioso, uma deliciosa analogia entre o majestoso Império Romano e os actuais EUA, ambos tão grandiosos e ignorantes do perigo até ao momento em que ele lhes bate à porta, e tantas coisas sobre os romanos daquela época que nós nem imaginávamos, com uma grande credibilidade e uma história verdadeiramente coesa e empolgante. Não se limita a ser a simples história de uma catástrofe! Nem sequer é um dramalhão melodramático! Tem sumo! Enquanto o lia não conseguia deixar de pensar que daria um excelente filme. E quando decidi pesquisar mais coisas sobre o escritor, para ficar a conhecer a sua reputação e outros livros dele, descubro que este foi um dos muitos romances que Quase se transformaram em filmes... Pode ser que um dia Roman Polansky volte a tirar o guião da gaveta e lhe limpe o pó. E pode ser que o Orlando e a Scarlett ainda sejam interessantes e continuem interessados em andar de túnica e sandálias. Que grande filme vai ser! Há-de ser, com certeza!

Great Expectations - Creation!


Pessoal! Eis que apareceu um filme que me meteu a saltar da cadeira e a ansiar pela oportunidade de o ver no cinema (algo que não tenho feito desde Avatar... não por não crer, apenas porque as coisas não estão de feição... Mas pode ser que amanhã vá ver o Nine e tratarei de dar a minha opinião o mais depressa possível!)

Jon Amiel regressou com um grande filme e vontade de dar que falar. Este é um realizador britânico bastante bom, que fez filmes como "The Core-Detonação" com a maravilhosa Hillary Swank, e os geniais Stanley Tucci e Aaron Eckhart (este filme foi um fracasso... o que é uma pena. Até é bom), "Entrapment - A Armadilha" (1999) com uma lindíssima Catherine Zeta-Jones a tornar-se uma estrela e o veterano Sean Connery de quem temos tantas saudades; e "Copycat" (1995) um thriller claustrofóbico e intenso com Sigourney Weaver como uma psicóloga especialista em psicopatas, que sofre de agorafobia (medo do exterior... não consegue sair de casa) após ter sido atacada por um dos seus objectos de estudo.

O filme de que vos falo chama-se Creation e trata precisamente da história de Charles Darwin e como ele chegou à Teoria da Evolução e todos os conflitos interiores (e exteriores) que tais ideias provocaram na sua mente e em todo o mundo. O protagonista, no papel de Darwin, é Paul Bettany (o albino que viram em O Código DaVinci) que depois de ter conhecido a sua esposa em "Uma Mente Brilhante" volta a contracenar com ela neste filme. Estamos a falar da igualmente brilhante Jennifer Connelly(vencedora do Oscar pelo filme anteriormente referido).

Assim, deixo-vos o link para o trailer deste filme que promete ser um regalo para todos os amantes da cîência e da natureza:

http://www.youtube.com/watch?v=l3VOa2F_BzM

sábado, 16 de janeiro de 2010

Avatar - Billion Dollar Baby 2 - The Monster is Rising!

Bem, pessoal. O meu último post já está desactualizado. É oficial: Avatar já derrutou toda a concorrência e aproxima-se cada vez mais de Titanic. A nível mundial já ultrapassou os 1400 milhões de dólares, acercando-se dos 1800 milhões atingidos por Titanic. É obvio que há 12 anos atrás os bilhetes eram mais baratos e não se pagavam óculos 3D, mas na altura, os filmes também não eram tão caros. Titanic também foi o mais caro da sua época e Avatar custou provavelmente o dobro ou mais (não se conhecem os valores de produção deste filme, variando entre os 25o e os 500 milhões, conforme as fontes).

Além disso, o argumento do filme foi publicado na Internet! O guião escrito por James Cameron está assim à disposição de todos, cheio de cenas que nem aparecem no filme, começando logo por uma cena inicial, diferente daquela a que tivemos acesso nos cinemas, mas que provavelmente poderemos ver em DVD, e uma cena de sexo entre os dois protagonistas, que também foi cortada do filme, permitindo que aquele momento fosse mais íntimo para as duas personagens, uma vez que a polémica à volta de tal momento entre duas criaturas extraterrestres provocaria uma polémica que desviaria a atenção dos espectadores da história.
Além disso, tal como acontece em todos os filmes que atingem valores recordes de bilheteira, os boatos e polémicas à volta do filme multiplicam-se. Enquanto que The Dark Knight - O Cavaleiro das Trevas era criticado por se aproveitar da morte de Heath Ledger para o atingir o sucesso (apesar de hoje já toda a gente estar de acordo que o filme é bom por mérito próprio), Titanic por desonrar a memória de algumas das personagens reais do filme (como a do capitão) e pelo grito de vitória de James Cameron quando recebeu o Oscar "I'm the king of the world", imitando a personagem de Leonardo DiCaprio no filme, os filmes d'O Senhor dos Anéis por transformarem a visão de J. R. R. Tolkien numa amálgama de efeitos-especiais, Avatar é acusado de plágio por todo o mundo, de fazer mal às crianças por causa da tecnologia 3D e à violência visual de certas imagens (algumas criaturas são realmente assustadoras e a batalha é brutal), e... oiçam o rufar dos tambores... de causar depressão e ideias suicidas nos seus espectadores.

Pois eu digo-vos que não podia sair mais satisfeito e bem-disposto deste filme. Claro que quem diz que ficou deprimido, o explicou por desejar intensamente viver num mundo como Pandora, visto que a realidade parece muito menos brilhante do que aquele mundo que vemos no écrã. E quem se quis suicidar, era por achar que seria a única forma de re-acordar num mundo completamente novo, como o de Avatar. Ora, como dizia o outro, não existe má publicidade. Tudo é desculpa para se falar de um bom filme e enquanto ninguém se esquecer dele, há-de haver público a encher as salas. Agora, sejamos razoáveis - James Cameron não tem culpa que pessoas que claramente sofrem de distúrbios mentais vejam o filme e queiram habitar nele. O que eu não vejo é esse pessoal a viajar para a Amazónia ou para Costa Rica, onde o habitat é o mais semelhante que há na Terra com o que vemos no filme. Se queriam tanto ir viver lá, sempre podiam ir para as selvas que nós temos no nosso planeta. Porém, toda a gente sabe que lá não teriam o conforto das cadeiras de cinema e um balde de pipocas no colo.


Vão ver o filme, que é bom, e tenham acesso ao que Cameron vos quis dar - uma experiência incrivelmente realista num planeta inexistente e uma história cheia de emoção - "pelo preço de um bilhete de cinema". Nós próprios somos os avatares do filme: entramos dentro do filme, sem corrermos risco de vida.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Avatar - Billion Dollar Baby!


Caríssimos fãs do último filme de James Cameron, é com enorme agrado que informo que em apenas 3 semanas, Avatar alcançou os mil milhões de dólares a nível mundial, tornando-se o quarto filme mais visto de sempre, de acordo com a sua produtora, a 20th Century Fox.

Atrás deste filme estão "Titanic" (1800 milhões), "O Senhor dos Anéis - O Regresso do Rei" (1120 milhões) e "Piratas das Caraíbas - O Cofre do Homem Morto" (1070 milhões).

Poderá ser possível que se torne o mais visto de sempre, destronando a anterior jóia de James Cameron (Titanic)? E será isso um bom pronúncio para os Oscares, tendo em conta que Titanic arrecadou 11 galardões, de entre 14 nomeações? Esperemos para ver! hihihihi

sábado, 2 de janeiro de 2010

Avatar

James Cameron é um génio! Ontem, fui ver o filme no Cinemacity de Leiria, uma vez que não me dava jeito ir a Lisboa para o poder ver em 3D, como o realizador deste filme pretende que ele seja visto e experienciado pelo público. Está na hora de expandir esta tecnologia por todo o país de uma forma mais abrangente, se faz favor!
Deixem-me fazer-vos um roteiro da viagem. Antes do filme começar, e após visionarmos o trailer do novo filme de Sherlock Holmes, realizado por Guy Ritchie (o ex da Madonna) e protagonizado por Robert Downey Jr. e Jude Law, tivemos direito a uma experiência sensorial promovida pela Vodafone. Aparece uma mensagem no ecran que nos pede que fechemos os olhos e, através do som, somos levados numa viagem de avião, até um desastroso acidente, pelo mar e por uma ilha... Tudo arrepiantemente credível. Até que se ouve a voz de alguém e somos obrigados a regressar à realidade. Ou não! Porque logo a seguir colocamos os óculos (que somos obrigados a limpar à camisa por estarem cheios de dedadas) e o filme começa.
Conhecemos o ex-marine Jake Sully, preso a uma cadeira de rodas e conhecemos o planeta Pandora, cuja beleza visual, repleta de florestas luxuriosas e plantas e seres nunca antes vistos. Ficamos a saber que os humanos pretendem explorar os recursos naturais daquele planeta, algo que entra em conflito com os Na'vi, que vivem em harmonia com a natureza. Ficamos a conhecer as experiências científicas, em que se usam Avatares para explorar aquele novo mundo e conhecer a cultura dos Na'vi.
A beleza dos cenários é deslumbrante. Todas as plantas são incrivelmente realistas. Graças ao 3D entramos naquele enorme mundo de cascatas e desfiladeiros e montanhas suspensas. Ficamos imersos e presos àquele grandioso mundo, que os humanos querem explorar implacavelmente. OS Na'vi, também eles tão realistas e expressivos quanto os actores por detrás deles, são criaturas humanóides de três metros de altura e azuis. James Cameron e a sua equipa fizeram um trabalho irrepreensível ao criarem uma cultura primitiva, inspirada nas de tribos actuais que existem escondidas nas florestas tropicais de todo o nosso planeta. Inventaram uma nova linguagem para eles, deram-lhes rituais, canções, pinturas, vestuário, armas, tudo!
Da mesma forma de Jake Sully se vais apaixonando por aquele planeta e aquela tribo e adquirindo a sua sabedoria e conhecimentos, também nós nos apaixonamos por eles. Ficamos emocionados perante as aventuras dos protagonistas, o desenvolvimento do romance entre Jake e Neytiri e as injustiças e atrocidades que são cometidas pelos da nossa espécie.
James Cameron, há 15 anos atrás, quando ainda mal se falava do aquecimento global, George W. Bush ainda não governava os EUA, ninguém conhecia a Al-Qaeda e não se previa nenhuma (nova) Guerra do Iraque, foi um visionário. Ele pegou nos pecados cometidos pelo homem no passado, durante os Descobrimentos, com o total desrespeito pela natureza e o desprezo pelas tradições das tribos autóctones, e escreveu um épico, como alerta para a humanidade. Nós já cometemos estes erros e continuamos a repeti-los, uma e outra vez! A história passa-se num futuro em que já esmifrámos o nosso planeta até ao tutano e continuamos a fazer a mesma merda, mas noutro planeta. Por isto, eu aplaudo James Cameron pela tentativa que faz por nos dar umas estaladas e nos tentar abrir os olhos.
É claro que, ao longo do filme, nos vamos apercebendo de inúmeras referências a outras histórias e a outros filmes, desde "Danças com Lobos", "Pocahontas" até "Alien". Contudo, a criatividade está lá! Nunca se viu nada assim! É uma experiência avassaladora, muito bem sustentada por um argumento muito bem escrito; personagens credíveis e carismáticas, interpretadas por óptimos actores; cenários majestosos; efeitos especiais topo de gama e uma história envolvente.
Não sei como fazem isto em Hollywood, mas 2009 foi um ano em que cada filme conseguiu superar os anteriores em termos de tecnologia. E terminou em grande com Avatar, que rebentou com a escala e representa uma revolução na experiência de ver filmes no cinema. «Nada será como antes...»
James Cameron pode voltar a gritar que é o rei do mundo (do cinema). Ninguém faz filmes como ele.
Porém, não percam tempo. Têm aqui um dos melhores filmes da primeira década do século XXI. Vão ao cinema e, se puderem, gastem mais um euro ou dois e vejam o filme em 3D.
Visitem também o site oficial: http://www.avatarmovie.com/

2010! Happy New Year!


Rent - Seasons of Love
Five hundrend twenty five thousand
six hundred minutes
Five hundrend twenty five thousand
moments so dear
Five hundrend twenty five thousand
six hundred minutes
How do you measure,
measure a year
In daylight, in sunsets, in midnights,
in cups of coffee, In inches, in miles
in laughter in strife,
In Five hundrend twenty five thousand
six hundred minutes
How do you measure a year in the life
(chorus)
How about Love
how about love
how about love
measure in love
seasons of love
seasons of love
Five hundrend twenty five thousand
six hundred minutes
Five hundrend twenty five thousand
journeys to plan
Five hundrend twenty five thousand
six hundred minutes
how do you measure the life of a woman
or a man
In truth that she learned
or in times that he cried
In the bridges he burned
or the way that she died
Its time now to sing out
though the story never ends
lets celebrate remember a year
in the life of friends
(chorus)
Vejam o trailer do filme:
Vejam as gravações da canção nos bastidores:
Que o 2010 possa ser medido em amor. Façam por isso!

Alvin and the Chipmunks - The Squeakquel / Alvin e os Esquilos 2


Em primeiro lugar, Bom Ano Novo para toda a gente! Que seja um ano melhor que os precedentes, em todos os aspectos.

Na semana passada, fui ver o Alvin e os Esquilos 2 com um grupo de amigos, o meu irmão mais novo e o meu primo e devo confessar que superou as minhas espectativas (o que não é nenhum milagre de Natal, LOL). Já tinha visto o primeiro filme. Sou um fan confesso do actor "principal" (as aspas foram colocadas, porque os verdadeiros protagonistas são os esquilos digitais) Jason Lee que apareceu em "Quase Famosos" e "Vanilla Sky", ambos de Cameron Crowe, e protagonizou o delirante "My Name is Earl". Este filme contava a história de uns esquilos falantes com um dom especial para a música e muita energia que faziam a vida negra a Dave, que os adoptou como família. Nesta sequela, em que as criaturinhas já têm uma carreira bem cimentada e não temem que Dave os abandone, os esquilos têm que ir viver com uma tia de Dave, após um acidente em que ele ficou interrrrnado num hospital parrrisiense (quem tiverrr visto o filme dobrrado parra porrtuguês vai perrceberr a repetição dos R's). A tia Jackie é interpretada por Kathryn Joosten, a idosa vizinha das Donas de Casa Desesperadas. No entanto, ela aparece pouco, porque também ela tem um infeliz acidente que a deixa internada num hospital e quem cuida dos esquilos é o outro sobrinho Toby, interpretado por Zachary Levi, o qual vive na casa da tia até encontrar algum talento e começar a trabalhar, passando o tempo entre comer e dormir a jogar X-Box.

Não podem estar à espera de ver um grande filme, se o forem ver. É para crianças e para adultos sem medo de contactarem com o seu lado mais simples e infantil. Todos os outros correm o risco de ficarem tão ofendidos que tenham que sair da sala de cinema para não começarem aos gritos. Mas isso também caracterizava o primeiro filme! Portanto, se gostou do primeiro filme, também pode ficar agradavelmente satisfeito com o segundo. Se não, nada feito.

O mau de serviço do primeiro filme, o agente musical sem escrúpulos interpretado por David Cross, volta a aparecer e é, novamente, na minha opinião, o pior do filme. É um actor de comédia, sem piada! Pode ter arrancado algumas gargalhadas ao público quando apareceu em Scary Movie 2, mas de resto é apenas um gajo esquisito, com uma cara feiosa, foleiro e histérico. Nem a roubar um bolinho a uma ratazana ou a cantar All the Single Ladies da Beyoncé conseguiu ter grande piada. Nem os miudinhos na sala ficaram convencidos com a perversidade daquele vilão.

Seja como for, os esquilos são espectaculares, o argumento é ainda mais divertido do que o do primeiro filme, com uma sucessão de piadas delirante do início ao fim do filme. Temos direito a umas Esquiletes, por quem os nossos protagonistas se apaixonam, que são basicamente o reflexo feminino de cada um dos nossos protagonistas peludos. As músicas são recentes e enérgicas e cativam todos os que gostarem de as ouvir com vozes de hélio. Hilariante e muito mais enérgico, este filme é, para mim, uma sequela satisfatória. Só é uma pena a falta de originalidade e o vilão, que atiram este filme para a mediocridade dos filmes para crianças.

Aconselho-o apenas a todos os que querem fazer rir as crianças e desejam aprender a rir como elas. Mas para isso também não há nada como um bom filme da Pixar, mas esses só os há uma vez por ano...

Divirtam-se!
Site oficial do filme: http://www.chipmunks.com/#home