sábado, 16 de janeiro de 2010

Avatar - Billion Dollar Baby 2 - The Monster is Rising!

Bem, pessoal. O meu último post já está desactualizado. É oficial: Avatar já derrutou toda a concorrência e aproxima-se cada vez mais de Titanic. A nível mundial já ultrapassou os 1400 milhões de dólares, acercando-se dos 1800 milhões atingidos por Titanic. É obvio que há 12 anos atrás os bilhetes eram mais baratos e não se pagavam óculos 3D, mas na altura, os filmes também não eram tão caros. Titanic também foi o mais caro da sua época e Avatar custou provavelmente o dobro ou mais (não se conhecem os valores de produção deste filme, variando entre os 25o e os 500 milhões, conforme as fontes).

Além disso, o argumento do filme foi publicado na Internet! O guião escrito por James Cameron está assim à disposição de todos, cheio de cenas que nem aparecem no filme, começando logo por uma cena inicial, diferente daquela a que tivemos acesso nos cinemas, mas que provavelmente poderemos ver em DVD, e uma cena de sexo entre os dois protagonistas, que também foi cortada do filme, permitindo que aquele momento fosse mais íntimo para as duas personagens, uma vez que a polémica à volta de tal momento entre duas criaturas extraterrestres provocaria uma polémica que desviaria a atenção dos espectadores da história.
Além disso, tal como acontece em todos os filmes que atingem valores recordes de bilheteira, os boatos e polémicas à volta do filme multiplicam-se. Enquanto que The Dark Knight - O Cavaleiro das Trevas era criticado por se aproveitar da morte de Heath Ledger para o atingir o sucesso (apesar de hoje já toda a gente estar de acordo que o filme é bom por mérito próprio), Titanic por desonrar a memória de algumas das personagens reais do filme (como a do capitão) e pelo grito de vitória de James Cameron quando recebeu o Oscar "I'm the king of the world", imitando a personagem de Leonardo DiCaprio no filme, os filmes d'O Senhor dos Anéis por transformarem a visão de J. R. R. Tolkien numa amálgama de efeitos-especiais, Avatar é acusado de plágio por todo o mundo, de fazer mal às crianças por causa da tecnologia 3D e à violência visual de certas imagens (algumas criaturas são realmente assustadoras e a batalha é brutal), e... oiçam o rufar dos tambores... de causar depressão e ideias suicidas nos seus espectadores.

Pois eu digo-vos que não podia sair mais satisfeito e bem-disposto deste filme. Claro que quem diz que ficou deprimido, o explicou por desejar intensamente viver num mundo como Pandora, visto que a realidade parece muito menos brilhante do que aquele mundo que vemos no écrã. E quem se quis suicidar, era por achar que seria a única forma de re-acordar num mundo completamente novo, como o de Avatar. Ora, como dizia o outro, não existe má publicidade. Tudo é desculpa para se falar de um bom filme e enquanto ninguém se esquecer dele, há-de haver público a encher as salas. Agora, sejamos razoáveis - James Cameron não tem culpa que pessoas que claramente sofrem de distúrbios mentais vejam o filme e queiram habitar nele. O que eu não vejo é esse pessoal a viajar para a Amazónia ou para Costa Rica, onde o habitat é o mais semelhante que há na Terra com o que vemos no filme. Se queriam tanto ir viver lá, sempre podiam ir para as selvas que nós temos no nosso planeta. Porém, toda a gente sabe que lá não teriam o conforto das cadeiras de cinema e um balde de pipocas no colo.


Vão ver o filme, que é bom, e tenham acesso ao que Cameron vos quis dar - uma experiência incrivelmente realista num planeta inexistente e uma história cheia de emoção - "pelo preço de um bilhete de cinema". Nós próprios somos os avatares do filme: entramos dentro do filme, sem corrermos risco de vida.

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