segunda-feira, 27 de julho de 2009

The Proposal - A Proposta


Olá Pessoal!

Sandra Bullock está de volta e só me apercebi das saudades que tinha dela ao ver este filme.

Esta maravilhosa actriz e Ryan Reynolds são os protagonistas desta comédia romântica. Ela é Margaret Tate, uma editora literária, autoritária e rigorosa, que amedronta e assombra todos os que trabalham para ela. Ele é Andrew Paxton, o assistente submisso que miseravelmente obedece a todas as ordens da chefe. Quando o emprego desta é ameaçado, devido a irregularidades no seu visto que podem levar ao seu despedimento e a ser extraditada para o Canadá, Margaret força o seu assistente a casar-se com ela.

Anne Fletcher fez um filme que se poderia perder no imenso oceano das comédias românticas que são feitos todos os anos. Porém, assim como fez com "27 dresses", protagonizado pela apaixonante Katherine Heigl, conseguiu dar-lhe um sopro de vitalidade, apostando na versatilidade e carisma das personagens, que são o verdadeiro tesouro deste filme.

As situações caricatas são mais que muitas, inumeras peripécias e a química sexual é intoxicante. As gargalhadas enchem a sala de cinema, conforme o envolvimento do público com as personagens cresce. Esta não é a história romântica típica, pecando apenas por cair em alguns clichés obvios do género no final do filme, mas consegue sempre dar a volta à situação introduzindo uns twists geniais e mais umas gargalhadas.

Destaque para um lindíssimo cão e para Betty White, uma velhota que ainda aí está para as curvas. Ambos protagonizam os momentos mais hilariantes desta fita. Há ainda um mexicano cuja personagem acho um pouco exagerada, mas não deixa de ser divertido.

Bom filme para descontrair e desanuviar, rindo a bom rir, com amigos ou com a pessoa de quem mais gostamos.

The Hangover - A Ressaca


Olá Pessoal!

Lamento imenso a minha ausência, mas tenho andado demasiado ocupado a passar de ano e a fazer a minha mais recente curta-metragem, sobre a qual irei falar em breve.

Ora bem... Aqui está a comédia que, quando a vemos, nos faz perguntar por que é que nunca tinha sido feita antes. A premissa é muito simples e por demais conhecida: Um grupo de amigos vai para Las Vegas festejar a despedida de solteiro de um deles. No dia seguinte, acordam sem se conseguirem lembrar do que se passou no dia anterior, e não encontram o noivo em lado nenhum, não podendo regressar para o casamento sem ele.

O filme é uma longa gargalhada do princípio ao fim, escapando aos clichés do género não mostrando as loucuras pelo que o grupo passou, mas as consequências dos seus actos desnorteados na noite anterior. É uma deliciosa história politicamente incorrecta, em que as piadas se sucedem a um ritmo vertiginoso e constante, as surpresas e as personagens mais irracionais vão surgindo e abrilhantando um filme que nos apetece ver e rever, para tentar encontrar todas as pistas que explicam o que eles fizeram na noite anterior (nem vos passa pela cabeça). As personagens são alucinadas e hilariantes, sofrendo e insistindo em resolver os mais diversos problemas. Quero ainda destacar a presença de um bebé, um tigre e uma galinha (a qual nunca se sabe de onde veio), Ken Jeong que já tinhamos visto em "Knocked Up - Um Azar do Caraças" (cuja personagem está demasiado exagerada) , Mike Tyson (brilhante) e Heather Graham que anda perdida em filmes que só lhe dão atenção pela beleza física... mas sejamos sinceros... será que ela tem talento para mais do que isso? Os protagonistas são Bradley Cooper, Ed Helms, Justin Bartha e um delirante Zach Galifianakis, talvez o melhor do filme.

Apenas lamento que a produção não tenha gasto mais um milhão ou dois a limar as arestas e a abrilhantar um filme que é quase perfeito, embora talvez seja mesmo esse estilo rafeiro que o torne especial. Quem escreveu o guião também devia ter tentado explicar um outro pormenor a que se deu pouca atenção. De realçar que grande parte dos diálogos foram improvisados, o que por um lado proporciona um elevado grau de espontaneidade e credibilidade às personagens e por outro pode explicar a existência dessas pontas soltas... No entanto, isso não interfere com nada, porque eles de facto não se lembram de nada daquela noite e quem já passou pela experiência sabe que não havendo testemunhas, há coisas que ficarão para sempre sem explicação. LOL.

É um filme para ver sóbrio ou ébrio, após uma boa tarde de praia, rodeado pelos melhores amigos e... quem sabe, antes de uma noite de regabofe. Esperemos apenas que ninguém os tenha como inspiração e repita os seus feitos.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Harry Potter and The Half-Blood Prince


Olá Pessoal!

Quando vi no cinema, há dois anos, o quinto capítulo desta saga, fiquei com a sensação de que, apesar de gostar do filme, faltava lá muita coisa e que David Yates era só um fabricante de cinema espectáculo que não estava à altura do que os filmes necessitavam para tornar realidade o que as aventuras de J. K. Rowlling têm de melhor. Era só um filme com muitos efeitos especiais e uma boa diversão de verão. Nada mais.

Ontem, fui surpreendido ao ver Harry Potter e o Príncipe Misterioso, realizado novamente por David Yates. Um filme de uma qualidade superior à de todos os seus predecessores, a vários níveis.

Os efeitos especiais, surpreendentes, não são o principal desta fita. Servem o filme e não o contrário. A genialidade de J. K. Rowlling, que nesta aventura conseguiu reunir elementos das histórias anteriores que nunca pensámos que tivessem relevância para o desenvolver dos acontecimentos futuros nesta intriga, foi dignificada com um filme que lhe faz justiça.

Os actores estão em topo de forma. Notamos que todos eles têm evoluido ao longo desta série de filmes e estão cada vez mais competentes. Vivem aquelas personagens, com uma confiança notável, demonstrando todo um enorme rol de emoções, desde a paixão, à tristeza, passando pelo amadurecer, enquanto passa pela trágica viagem pela adolescência até se tornarem adultos.

É uma história que, apesar de estar coberta por uma atmosfera sombria, correspondente ao aumento dos poderes de Voldemort e da ameaça que este representa para todos, tem muitos mais momentos humorísticos que os anteriores. Em oposição, é um filme mais assustador que muitos dos filmes de terror dos últimos tempos. Esta é também uma viagem pelos erros que cometemos na juventude, desde as paixões não correspondidas, aos namoros errados e a todas as tragédias por que os adolescentes passam.

Daniel Radcliffe está inegavelmente perfeito como Harry Potter. Rebelde, revoltado e um pouco solitário, como nos filmes anteriores, mas muito mais humano, com espaço para as brincadeiras infantis que os rapazes têm na escola, para se apaixonar verdadeiramente por alguém, para aprender a viver, com os amigos e alguns dos professores, tomando decisões e cometendo alguns erros. Emma Watson e Rupert Grint (Hermione e Ron) são os amigos que nos completam e sem os quais não superariamos as adversidades, tendo um peso cada vez mais importante na história. O Professor Dumbledore, representado na perfeição por Michael Gambon, é o professor que todos gostariamos de ter (e raramente temos), sendo um amigo e um conselheiro, sem nunca perder o respeito dos seus alunos. Horace Slughorn, representado por Jim Broadbent, é uma nova personagem na história, sendo uma adição divertida e crucial na história. Tom Felton, como Draco Malfoy, já não nos é apresentado como o menino rico mimado, mas como alguém profundamente perturbado e negro. Helena Bonham-Carter (como eu a adoro) participa muito mais neste filme, sendo contagiante a sua malvadez. Finalmente, Bonnie Wright, como Ginny Weasley, que nos filmes anteriores quase não tinha importância, faz-nos aqui perceber por que é que Harry se apaixona por ela, desenvolvendo uma personalidade mais decidida e carismática.

Este filme é um sucesso a todos os níveis. Queixa-se quem leu o livro que faltam algumas sequências mais ou menos importantes, mas dizem também que esta é a melhor adaptação dos livros de J. K. Rowlling até agora. Há também episódios que não existiam no livro, assim como algumas subtilezas e pormenores que elevam esta aventura à estratosfera.

Vou ler este e o próximo livro avidamente, aguardando pelo próximo filme (o último livro será dividido em dois filmes) que estreará daqui a 18 meses. Uma verdadeira surpresa para mim, uma vez que esperava sair da sala de cinema (esgotada) com um sabor agridoce na boca, quando afinal saí de lá maravilhado.

O melhor filme que vi este verão. (Até agora)


Ficam aqui duas cenas inéditas do filme:

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Psycho - Um Ensaio Sobre a Loucura

Olá Pessoal!

Já alguma vez se sentiram seguidos num beco escuro? Alguma vez se sentiram desconfortáveis quando alguém não tira os olhos de cima de vocês? Já se depararam com um rasto de sangue no passeio? E com sapos mortos e vestígios de voodo à porta de vossa casa? Este ensaio não é aconselhável para quem já passou por estas situações... Muito menos para quem desenvolveu algum tipo de pânico ou medrosos crónicos. E não esqueçamos os próprios psicopatas... Este é um ensaio para quem está interessado em ver filmes de perder a cabeça.
Psycho (de Alfred Hitchcock) - 1960
Este é um filme sobre aquele tipo de psicopatas em que a gente nota que há algo de estranho com aquela pessoa, mas não fazemos a menor ideia do que é. Norman Bates, interpretado por Anthony Perkins, era filho de uma mãe autoritária e manipuladora. Desta relação edipiana, Norman cresceu como um rapaz introvertido e demasiado rígido e tímido... Aparentemente, "incapaz de matar uma mosca". Pois... "ele" podia ser incapaz de tal coisa, mas o mesmo não se podia dizer da sua inválida mãe. Norman tornou-se esquizofrénico após a morte da mãe e esta sua personalidade maternal assegurou-se de que o filho lhe seria sempre fiel, tomando conta do seu motel, e matando qualquer rapariga que pudesse demonstrar o menor interesse pelo filho. O segredo de Hitchcock para o segredo deste filme? Fazer com que tivéssemos pena do pobre rapaz, de tal forma que nunca imaginariamos que este fosse um psicopata... e assassinasse a bela Janet Leigh durante o duche, nomeada para o oscar de melhor actriz secundária, assim como o realizador. Gus Van Sant fez também um remake deste filme, algo desnecessário.
Silence of the Lambs (de Jonathan Demme) - 1991/Hannibal (de Ridley Scott) - 2001/Dragão Vermelho (de Brett Ratner) - 2002
Hannibal - The Cannibal! Hannibal Lecter, psiquiatra brilhante, com uma inteligência superior, era afinal um canibal que comia quem não "merecia" habitar este planeta. Não precisa de apresentações. Talvez o psicopata mais famoso do mundo. Perto deste senhor, não se arrisquem a não ser algo menos que perfeitos. A mediocridade pode ser o vosso bilhete de morte. Este é um psicopata apaixonante, tal é o seu carisma, génio e ironia. Valeu um bem merecido oscar a Anthony Hopkins (no primeiro filme) e um ordenado chorudo por cada filme. Só a platónica relação que manteve com Clarice fez com que a respeitasse e ajudasse a apanhar outros assassinos enquanto preso na sua prisão de alta segurança. Esta investigadora do FBI, pela sua coragem e inteligência, era o perfeito objecto de desejo. Interpretada por Jodie Foster (que também ganhou um oscar) no Silêncio dos Inocentes e por Julliane Moore em Hannibal. Se alguma vez forem convidados para jantar com alguém assim, certifiquem-se que só aceitam se vos garantirem que não fazem parte da ementa.
Misery (de Rob Reiner) - 1990
Pensem duas vezes antes de se tornarem famosos. Nunca saberão até onde pode ir a loucura de uma das vossas fãs! Paul Sheldon, interpretado por James Caan, é um escritor que se tornou famoso devido a uma das suas personagens: Misery Chastain, uma heroína do século XX que sobrevive a diversas aventuras, romances e dramas pessoais. Um dia, farto de escrever sempre sobre uma personagem que nunca o cativou, decide matar a dita personagem. Livre dela, escreve finalmente a sua obra-prima num refúgio nas montanhas, e enquanto regressa a Nova Iorque, para o poder publicar, tem um acidente. Acontece que a sua fã#1 o encontra e resgata-o, antes de morrer dos ferimentos e do frio no meio da neve. Leva-o para sua casa, trata-o e alimenta-o, mantendo-o refém até que o seu escritor preferido resuscite Misery, escrevendo um novo livro só para ela. Kathy Bates ganhou o oscar de melhor actriz por este papel, tornando-se famosa com esta mulher perturbada, isolada nas montanhas, de trato difícil e com possíveis abusos em criança. O filme capta muito bem o tom do livro de Stephen King. Todavia, como leitor, tenho que afirmar que o livro é uma alucinante aventura pelo obscuro mundo do desespero, loucura e sofrimento...
Sir Arthur Connan Doyle também foi ameaçado de morte quando decidiu que Sherlock Holmes morreria no seu último livro. Déjà Vu?
Sweeney Todd: O Terrível Barbeiro de Fleet Street (de Tim Burton) - 2007
Não confiem em quem sabe manejar melhor lâminas do que vocês. Benjamin Barker (Johnny Depp), movido pela vingança, depois de ter perdido mulher e filha e ser exilado de Londres, por causa do juiz Turpin (Alan Rickman), sem escrúpulos, regressa à grande cidade com uma insaciável sede sanguinária. A conselho de Mrs. Lovett (Helena Bonham Carter), que tem falta de clientela, decide adiar um pouco a sua vingança e ir treinando a arte da degolação nos seus clientes e outros inimigos (como o hilariante Sacha Baron Cohen). Mrs. Lovett usa os corpos para fazer as mais deliciosas empadas de Londres e juntos formam uma parelha de sucesso, que atrai cada vez mais clientes deprevenidos para a morte certa. Tim Burton adaptou magistralmente esta ópera de forma hilariante e simultaneamente assustadora. O sangue inunda o ecrã num filme musical que ficou para a história do cinema e arrebatou o oscar de melhor direcção artística. Protejam as vossas jugulares!

Shining (de Stanley Kubrick) - 1980
O trabalho pode levar-nos à loucura. E se, em vez de serem os outros a ameaça, formos nós próprios? Jack Nicholson interpreta aqui um ex-alcoolico que encontra uma oportunidade de emprego irresistível: Guardar o hotel Overlook durante o Inverno, totalmente isolado da civilização, apenas com a companhia da sua mulher e filho, onde poderá escrever o seu romance. Acontece que este hotel já tinha sido palco para outros acontecimentos macabros, e os fantasmas que o assombram encontram neste homem a marioneta perfeita para praticar as suas horríveis maldades. Um filme que tornou Stephen King famoso pelos seus assustadores livros e personagens perturbadas e que revolucionou o cinema de terror.
"All work and no play makes Jack a dull boy."
Deixo aqui um vídeo que exemplifica o que poderia ter acontecido naquele hotel se as coisas não tivessem corrido mal... http://www.youtube.com/watch?v=sfout_rgPSA
E tantos outros psicopatas que eu aqui podia ter mencionado... Heath Ledger como Jocker em The Dark Knight, Javier Bardem como Anton Chigurh em Este País Não é Para Velhos, Rebecca de Mornay como a belíssima e perigosa baby-sitter em A Mão que Embala o Berço, ou até mesmo Christian Bale como Patrick Bateman em American Psycho.

Loucos? Eles estão por todo o lado...

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Great Expectations - Avatar



Olá Pessoal!
Boas notícias para os amantes do cinema e para quem é fã do grande James Cameron. Este está a fazer um filme chamado AVATAR, que deverá estrear no final do ano, com pompa e circunstância.
Há um tremendo secretismo por detrás desta obra, que é o regresso de James Cameron à realização de longas metragens (fez alguns documentários entretanto) depois de Titanic... Já lá vão 12 anos. Na minha opinião, este senhor ainda não fez nenhum filme mau. As histórias são sempre intensas e envolvem o espectador, os argumentos são sólidos, as personagens carismáticas e todos os seus filmes são conhecidos por terem as melhores cenas de acção e efeitos especiais topo de gama (Aliens, O Abismo, Exterminador Implacável 1 e 2, A Verdade da Mentira e o já mencionado Titanic).
Como já é hábito, a história deste filme surgiu totalmente da sua imaginação. É uma espécie de filme épico, totalmente inovador, passado num planeta longínquo, para onde alguns humanos vão, incluindo Sam Worthington que saltou para a ribalta com o último Exterminador Implacável, na sua mega-nave-espacial e temos direito a novas civilizações, criaturas incríveis e monstruosas... Enfim, até o habitat do planeta, incluindo espécies vegetais, foi completamente criado a partir do zero, para que não houvesse qualquer semelhança com a Terra. Finalmente, Cameron promete a mais colossal batalha da história do cinema. "A Mãe de todas as Batalhas!"
Porquê o atraso deste regresso ao mundo do cinema? Porque este senhor já acalentava este projecto há mais de dez anos, e só agora foi possível concretizá-lo, tendo demorado anos a desenvolver as novas tecnologias que foram inventadas para se poder fazer este filme. Promete revolucionar a forma de fazer filmes para todo o sempre... Esperemos para ver de que forma as coisas evoluem. Agora, devemos ter em conta que as expectativas para este filme são tremendamente altas. Será que o realizador as vai conseguir superar? E não será a história demasiado irreal ou fantasiosa? E com todo o dinheiro gasto nas novas tecnologias... conseguirá o filme fugir ao fracasso de bilheteira? Bem... Eu não estou muito preocupado. Estas eram as mesmas dúvidas levantadas quando Cameron fez Titanic, e hoje sabemos o resultado. Foi só o filme que rendeu mais dinheiro em toda a história do cinema (até hoje) e um dos mais amados (e odiados).
Apesar da premissa, James Cameron é uma aposta segura. Será que volta a participar na corrida aos oscares?
Aqui fica um link para quem estiver interessado em mais pormenores acerca deste filme: http://www.filmschoolrejects.com/news/cameron-talks-avatar-at-e3-and-talks-and-talks.php