quinta-feira, 30 de abril de 2009

The International - A Organização















Olá pessoal!


Joel Pear foi ver este filme e ficou satisfeito com o que viu. Este filme foi inspirado pelo caso verídico do BCCI (Bank of Credit & Commerce International), que fechou em 1991, devido ao escândalo em que a instituição se envolveu.

Louis Salinger (Clive Owen) e Eleanor Whitman (Naomi Watts) são agentes da Interpol, empenhados em expôr as actividades ilícitas de uma poderosa instituição bancária que financiava armamento e tinha sido responsável pelas mortes de todos aqueles que se tinham aproximado demasiado da verdade.

O filme viaja por Berlim, Itália, Nova Iorque e Istambul, enquanto os protagonistas tentam a todo o custo superar todos os entraves e impor a justiça. Tom Tikwer, que já antes tinha feito "Corre, Lola, Corre" (com a fantástica Franka Potente, que já vimos nos filmes de Bourne) e "O Perfume - A História de um Assassino", soube realizar um excelente thriller político, com um bom ritmo e um argumento eficaz, de Eric Warren Singer. Apesar dos contornos sombrios da história, o filme nunca se torna demasiado pesado, sendo um filme de acção que pretende satisfazer o espectador. Exemplo disso mesmo é a cena do Museu Guggenheim, simplesmente avassaladora e de perder o fôlego, com pormenores que contribuem ainda mais para lhe dar realismo.

Clive Owen (nomeado ao Oscar por "Closer") interpreta um homem com um profundo sentido de justiça, obcecado pela sua missão, intenso e volátil, explodindo com uma facilidade tremenda perante qualquer fonte de ignição. É uma pena a sempre deliciosa Naomi Watts (nomeada pelo seu papel em "21gramas", e conhecida pela relação amorosa que teve com um gorila gigante), não ter tido uma personagem mais interventiva na história.

Fiquei desiludido com o desfecho final. Tendo em conta o material da história verídica, penso que não ficaria mal terem aproveitado um pouco mais o que aconteceu de facto. No entanto, é um final que contribui para a mensagem que o filme pretende transmitir: Quem controla o dinheiro, controla o mundo. De salientar também certas atitudes das personagens e pormenores narrativos que carecem de lógica, especialmente no desenlace do filme. E não digo mais nada, para que possam tirar as vossas próprias conclusões.

Independentemente de tudo isso, é um bom filme, inteligente, que vale o preço que pagamos pelo bilhete de cinema. Aconselho o seu visionamento, nem que seja para nos pormos a pensar no mundo capitalista em que vivemos (não é Sam?).

Aqui está o link para o site do filme. Divirtam-se: http://www.everybodypays.com/

Medicine for Melancholy



Olá pessoal!

Para quem não está dentro do assunto, o Indie Lisboa deste ano tem óptimos filmes e vale a pena passar por lá.

O filme que eu fui ver na semana passada chama-se Medicine for Melancholy e fiquei surpreendido. Micah (Wyatt Cenac) e Jo' (Tracey Heggins) acordam na mesma cama, de manhã, após uma noite de festa em casa de uma amigo comum. Sente-se imediatamente um certo embaraço e o silêncio constrangedor prolonga-se por largos minutos. Acontece que, apesar de terem feito sexo, não sabem o nome um do outro.

O filme, de orçamento reduzido, percorre as ruas da cidade de São Francisco, enquanto as duas personagens se vão conhecendo nas 24 horas seguintes àquela noite, dando a conhecer os problemas raciais e sociais da cidade e apresentando aspectos da sua cultura.

Barry Jenkins, o realizador, conseguiu aproveitar o melhor daquela cidade e superou as dificuldades de realizar um projecto de recursos tão limitados, fazendo algo que faz falta a tantos realizadores - usar a cabeça. Ao longo de todo o filme, conseguimos identificar-nos com aquelas personagens, perfeitamente representadas com uma naturalidade inata pelos dois actores principais. Tracey Heggins representa uma rapariga inicialmente muito reservada, por razões que mais tarde se descobrem. Porém, assim que se liberta e se deixa contagiar pelo espírito independente e divertido de Wyatt Cenac, quebra-se a melancolia, e o sorriso contagiante de Tracey deslumbra o espectador. Os diálogos são interessantes, assim como os temas escolhidos. É um filme inteligente, que não deixa ninguém indiferente. Faz-nos sentir todos os momentos constrangedores, leva-nos pela viagem que é conhecer outra pessoa e fazer crescer uma relação que começou de forma tão embaraçosa como acordar ao lado de um estranho após uma valente bebedeira.

Na minha opinião, o filme só peca em alguns momentos em que se perde da história, como a cena em que nos mostra o debate dos membros do Comité de Direito à Habitação, ou se arrasta na visita ao museu, que apesar de ser interessante, abandona as personagens que eram o verdadeiro coração do filme.
Contudo, não deixa de ser um óptimo filme. Parabéns ao Indie Lisboa'09!

Aqui está o trailer do Medicine for Melacholy: http://http//www.youtube.com/watch?v=ID51kpZ9iK4
Deixem-se contagiar...

quarta-feira, 29 de abril de 2009

I'm not a Looser! Just Lost!

Olá Pessoal!

Como sinal de boa fé, e de forma a mostrar que não vou apenas criticar o trabalho dos outros (e falar sobre excrementos), decidi partilhar convosco um dos meus trabalhos.

Com o passar do tempo, hei-de colocar neste blog mais alguns filmes realizados por mim, mas, por enquanto, este é o único a que terão acesso.

Espero que gostem (ou não, todos temos direito ao livre arbítrio). Este videoclip de uma música dos Coldplay, que eu e a Valente fizemos para participar num concurso lançado por eles, foi filmado por toda a cidade de Lisboa, num fantástico dia de Novembro de 2008.

Começámos a filmar de manhã, no Rossio e no Chiado, fomos até ao Bairro Alto e ao Adamastor (que é um dos melhores locais secretos de Lisboa, onde podemos pasar um dia inteiro a conversar, beber cervejas, ouvir música e descontrair). Almoçámos e apanhámos o metro até ao Oriente, onde filmámos as cenas da Gare e do Parque das Nações. Com o cair da noite, fomos até à Praça do Comércio e à Avenida da Liberdade, para aproveitar a iluminação.

Esta é a história de uma rapariga que subitamente desaparece, enquanto se prepara para começar o seu dia. Surge num local completamente diferente. Perdida, tenta perceber onde está e descobrir como voltar a casa. Contudo, continua a saltar entre dimensões e espaços, sem que o possa controlar. Finalmente, ela decide relaxar e aproveitar o que a viagem tem para lhe oferecer, "waiting till the shine wears off".

Deixo que interpretem este vídeo à vossa maneira. É um filme de ficção-científica? É uma viagem mais... espiritual? Uma metáfora ao modo de vida actual, nas nossas cidades? Uma crítica à sociedade?

Vocês decidem.

P.S.: Também podem encontrar este vídeo no Youtube, através do meu canal: JoelPear.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Welcome to Joel Pear's Movies and Shits

Olá pessoal!

A conselho de uma pessoa espectacular (não, não vou dizer o teu nome, Valente), decidi fazer o meu próprio Blog.

Regularmente, serão prendados com as novidades do mundo do cinema e com os excrementos do fabuloso mundo de Joel Pear.

Pear, para quem não sabe, é pêra. Quando pediram à Meg Ryan, num certo filme, para descrever a pêra, como se fosse Hemingway, ela respondeu:

- Sweet, juicy, soft on your tongue, grainy like a sugary sand that dissolves in your mouth. How's that?

Ao que o Nicolas Cage retorquiu:- It's perfect.

Perfeito! Nada mais há a dizer!