sábado, 1 de agosto de 2009

Taken - Busca Implacável


Olá Pessoal!

Sei que o filme já passou há imenso tempo pelas salas de cinema, porém, como a máquina de promoção em Portugal é uma coisa surpreendente e os títulos ainda melhores, quando o filme esteve no cinema, nunca me apercebi que o Busca Implacável, um título que faz relembrar um filme mais ao estilo Van Damme ou Stallone... ou até mesmo Schwarzenneger, era o mesmo Taken, protagonizado pelo fabuloso Liam Neeson por que eu estava à espera desde que vira o trailer. Tristeza...

Continuando. Este é um delicioso filme que comprova que a insdústria cinematográfica francesa está à altura de rivalizar com muitos dos filmes Hollywoodescos produzidos nos últimos anos. Algo que se pôde verificar quando este espectacular filme estreou nos EUA e ficou no topo do box-office, tornando-se um dos maiores sucessos do ano.

Liam Neeson, nomeado para o oscar de melhor actor pela Lista de Schindler e para o Globo de Ouro por Kinsey, ambos fantásticos papéis, interpreta neste filme Bryan Mills, um espião reformado que se tenta reaproximar da filha de 17 anos, a bela Maggie Grace que já vimos na série Lost. Esta, após o seu aniversário, pede-lhe que ele a autorize a fazer uma viagem para Paris com uma amiga, e este, pressionado pela ex-mulher, Famke Janssen (X-Men, Hide and Seek), e tentando que a filha não se afaste ainda mais dele, autoriza-a. Ela faz a viagem, mas algo corre mal e, enquanto está ao telemóvel com o pai, apercebe-se de que um grupo de homens está a entrar em casa e a querem raptar a ela e à amiga. Bryan tem 96 horas para partir para Paris e encontrar a filha, antes que esta desapareça para sempre, vendida por uma máfia de leste, que faz tráfico de mulheres.

É sem dúvida um dos filmes com mais suspense e acção que eu já vi. Liam Neeson interpreta na perfeição um homem amargurado, com o peso da idade sobre os ombros, que não olha a meios para recuperar a filha. Duro, implacável (como o ranhoso título português) e sem complacência, vai descobrindo as várias artérias desta organização ilegal na escura e fria Paris. É um filme brutal que desmascara a dura realidade do tráfico de mulheres, que é tão ignorado e está tão presente por todo o mundo. O guião é muito consistente, não enchendo o filme com diálogos desnecessários sobre os sentimentos ou as relações das personagens, sendo isso demonstrado na perfeição pela performance dos actores e pela cadeia de acontecimentos e reacções destes, nem com cenas em que as personagens reflectem sobre o tema, pois essa é a função do espectador, que pode muito bem pensar por si próprio e chegar às conclusões óbvias. Trata-se de um argumento vai directo ao ponto da questão e não tem medo de meter os dedos nas feridas. Por esta razão, os meus parabéns a Luc Besson, realizador do Quinto Elemento (com Bruce Willis e Milla Jockovich) e de Artur e os Minimeus, por ser resp. A realização deve-se a Pierre Morel, sendo este apenas o seu segundo filme. Conseguiu cozinhar um filme com uma crueza que ainda foi mais acentuada pelo uso da câmara digital, que torna as imagens tão frias como a própria cidade.

Fantástico tema, fantástico filme, fantástico actor.
Fica aqui o trailer: http://www.youtube.com/watch?v=CvUxdQ4q-Lg

Aproveito para relembrar a morte da esposa de Liam Neeson, no início deste ano, Natasha Richardson, também ela uma actriz de grande talento. A sua trágica morte resultou de um acidente enquanto praticava ski, nas suas férias em familia. Ao bater com a cabeça numa rocha, teve uma hemorragia intracraniana, que culminou na sua morte, poucas horas depois.

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